doi.org/10.1016/j.cub.2024.
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#Fóssil
Cientistas descobriram um fóssil de 450 milhões de anos de um artrópode, grupo que inclui animais como aranhas e insetos, preservado em 3D em “ouro dos tolos” (pirita, um mineral com aparência de ouro).
A nova espécie foi chamada *Lomankus edgecombei* e oferece pistas importantes sobre como antigos artrópodes evoluíram e mudaram suas funções corporais.
Quem São os Artrópodes”
Artrópodes são um dos grupos mais diversos de animais, incluindo aranhas, centopeias, insetos e crustáceos. Eles têm pernas articuladas e corpos segmentados, e são conhecidos por se adaptarem bem ao meio ambiente. Hoje, eles dominam o planeta em número de espécies.
A Descoberta em Ouro dos Tolos
O fóssil, encontrado em Nova York, é impressionante por estar preservado em pirita, o que dá a ele uma aparência dourada e brilhante. Segundo o professor Luke Parry, da Universidade de Oxford, os fósseis parecem tão bem conservados que “quase dá para imaginar eles se mexendo”.
A nova espécie, *Lomankus edgecombei*, pertence aos “megacheirans”, um grupo de artrópodes antigos com um grande apêndice na frente do corpo, usado principalmente para capturar presas. No entanto, *Lomankus* é diferente: seu apêndice frontal não é usado para caça, mas sim para sentir o ambiente ao redor, como se fosse um tipo de sensor.
A Importância da Mudança
Os megacheirans viveram durante o Período Cambriano, mas *Lomankus* sobreviveu mais tempo, no Período Ordoviciano. Isso mostra que eles continuaram evoluindo e a se adaptar mesmo depois de muitos de seus parentes desaparecerem. Diferente de outros megacheirans, *Lomankus* não tinha olhos, o que sugere que vivia em locais escuros, talvez debaixo da água em ambientes com pouco oxigênio.
Evolução dos Apêndices
Os cientistas há muito tempo tentam entender como os artrópodes evoluíram para ter apêndices tão versáteis, como as antenas dos insetos ou as pinças das aranhas. Este fóssil ajuda a resolver esse mistério. A estrutura do *Lomankus* sugere que o grande apêndice dos megacheirans antigos evoluiu para se tornar as antenas e partes da boca dos artrópodes modernos.
Fósseis Preservados de Forma Rara
O local onde o fóssil foi encontrado, conhecido como “Leito de Trilobitas de Beecher”, é famoso por preservar organismos em detalhes incríveis, graças à pirita. O ambiente pobre em oxigênio ajudou a substituir rapidamente partes dos corpos dos animais por pirita antes que se decompusessem, resultando em fósseis 3D dourados. Com a ajuda de tecnologia de tomografia computadorizada (CT scan), os cientistas conseguem ver detalhes internos desses fósseis.
Conclusão
O professor Derek Briggs, de Yale, comentou que esses fósseis são valiosos porque mostram como organismos antigos evoluíram e viveram há 450 milhões de anos. Eles ajudam a entender melhor a vida nos oceanos primitivos e como a evolução moldou as espécies que conhecemos hoje.
Publicado em 07/11/2024 17h37
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