doi.org/10.1038/s41586-024-07959-z
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#Marte
Pesquisadores que estudam Marte descobriram como a ausência de um campo magnético interno no planeta gera uma magnetosfera induzida, que interage diretamente com o vento solar, contribuindo para a perda da atmosfera marciana.
Usando instrumentos como o ASPERA-3 na sonda Mars Express e a espaçonave MAVEN, cientistas observaram mudanças nessa magnetosfera quando alinhada com os campos magnéticos do vento solar, impactando a perda atmosférica para o espaço.
Entendendo as Magnetosferas Induzidas:
Quando um planeta não possui campo magnético interno, ele pode desenvolver uma magnetosfera induzida através de interações diretas entre sua atmosfera e o vento solar, que é um fluxo de partículas carregadas emitido pelo Sol e que carrega um campo magnético embutido.
Para isso, os cientistas têm utilizado modelos de computador e observações de instrumentos científicos, como o ASPERA-3 da IRF (Analyzer of Space Plasmas and Energetic Atoms), a bordo da sonda Mars Express, da ESA, e a sonda MAVEN da NASA, ambas em órbita de Marte.
Impacto do Alinhamento do Vento Solar:
“Quando o fluxo de prótons do vento solar se alinha com o campo magnético do próprio vento solar, a magnetosfera induzida de Marte se enfraquece, o que pode influenciar a quantidade de atmosfera que o planeta perde para o espaço”, explica Qi Zhang, estudante de doutorado no IRF e na Universidade de Umeå.
Os resultados da pesquisa foram publicados no jornal *Nature* em 18 de setembro de 2024.
Observações e Descobertas de Longo Prazo:
O instrumento ASPERA-3 mede fluxos de íons, elétrons e átomos neutros no espaço ao redor de Marte. Ao longo de mais de 20 anos em órbita, o ASPERA-3 fez diversas observações significativas, incluindo medições contínuas do fluxo de íons que Marte perde para o espaço.
Publicado em 04/10/2024 17h36
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