doi.org/10.3847/PSJ/ad381f
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#Luas
Cientistas apoiados pela NASA desenvolveram uma nova forma de calcular como as marés afetam o interior de planetas e luas.
O estudo é importante porque analisa esses efeitos em objetos que não têm uma estrutura interna perfeitamente redonda, diferente da maioria dos modelos anteriores.
Para entender o conceito de marés em corpos celestes, imagine como a força da gravidade de Júpiter puxa sua lua Europa. Como a órbita de Europa ao redor de Júpiter não é um círculo perfeito, a força da gravidade que ela sente de Júpiter muda conforme ela se move. Quando Europa está mais perto de Júpiter, a gravidade é mais forte, e isso faz com que a lua seja “espremida”. A energia dessa compressão aquece o interior de Europa, possibilitando que um oceano de água líquida exista sob sua camada de gelo.
“O mesmo acontece com a lua Encélado, de Saturno,” explica Alexander Berne, coautor do estudo e pesquisador do CalTech em Pasadena, que também trabalha com o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA no sul da Califórnia.
“A camada de gelo de Encélado é esperada ser ainda menos redonda que a de Europa.”
Essas marés que os corpos celestes experimentam podem mudar a forma como esses mundos evoluem ao longo do tempo. Em alguns casos, como Europa e Encélado, essas mudanças podem até influenciar a chance de existir vida, já que o calor gerado pelas marés pode manter água líquida, um ingrediente importante para a vida.
O estudo também discute como essas descobertas podem ajudar os cientistas a interpretar dados de missões espaciais que estudam diferentes mundos, desde Mercúrio até a Lua, e até mesmo os planetas mais distantes do nosso sistema solar.
Publicado em 10/11/2024 16h56
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