Em 2013, Tamu Massif – um vulcão submarino gigante na costa do Japão – roubou a coroa do Havaí como o maior vulcão do mundo. Mas não é um verdadeiro vulcão único.
Pesquisadores publicaram um artigo em 2013 na revista Nature Geoscience concluindo que o Tamu Massif era um gigantesco “escudo vulcânico” – ainda maior que o Mauna Loa, do Havaí, que se eleva a 9.170 metros do fundo do oceano e cobre milhares de quilômetros quadrados fluxos de magma antigos e solidificados. Agora, em um novo artigo, os pesquisadores concluem que o artigo de 2013 estava errado e Tamu Massif não é um vulcão de escudo. A coroa, de acordo com esta nova pesquisa, retorna a Mauna Loa.
Vulcões de escudo se formam quando uma única pluma vulcânica derrama lava o suficiente ao longo do tempo, e essa lava se espalha o suficiente para formar uma montanha em forma de protuberância ao redor da abertura do vulcão. Mauna Loa é um vulcão escudo. Assim são a maioria dos vulcões muito menores na Islândia. (Vulcões em forma de cone, como o Monte St. Helens, não são escudos, mas “estratovulcões”.) Em 2013, os pesquisadores pensaram que o Maciço Tamu se formou dessa maneira. Mas o novo artigo sugere que eles estão errados. [5 cones colossais: os maiores vulcões da Terra]
Tamu Massif é um sistema vulcânico superficial, com lados levemente inclinados; ela se estende por cerca de 650 quilômetros de largura, subindo cerca de 4 km de altura. O imenso vulcão submerso fica ao longo de parte do sistema de dorsais meso-oceânicas, a série de limites circundantes entre diferentes placas tectônicas. Esse enorme sistema é, em certo sentido, o verdadeiro maior vulcão do mundo, porque o magma pode se projetar para cima e derramar-se como lava no topo da crosta ao longo de toda sua extensão. Mas esse vulcanismo não se parece com o vulcanismo que forma um vulcão-escudo.
Embora Tamu Massif esteja ao longo da crista, os pesquisadores pensaram que ela se formou quando uma nuvem de magma explodiu de seu centro e fluiu para fora como lava para esfriar. É por isso que eles afirmaram em 2013 que era um vulcão de escudo único. Agora, os pesquisadores acham que se formou quando, como parte do vulcanismo da cordilheira, o magma subiu lentamente até a crosta, fazendo com que o material que já estava lá se projetasse e se espalhasse pelo fundo do mar.
A evidência disso são anomalias magnéticas – linhas de campo magnético que os pesquisadores detectaram no Maciço de Tamu que seguem o arranjo de outras linhas de campo da cordilheira, não o magnetismo que você esperaria de um vulcão de escudo.
Isso significa que, em vez de ser um único vulcão autogerado colocado ao longo da cordilheira, o Tamu Massif é apenas uma parte do sistema de cordilheiras, que forma montanhas submersas em todo o mundo. Mauna Loa reina suprema.
O documento que documenta este trabalho foi publicado em 8 de julho na Nature Geoscience.
Publicado em 12/07/2019
Artigo original: https://www.livescience.com/65897-largest-volcano-record.html
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