doi.org/10.3847/2041-8213/ad772e
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#Raios Gama #GRB
Cientistas fizeram uma descoberta impressionante: observaram raios gama com energias altíssimas vindos do centro da nossa galáxia, a Via Láctea.
Esses raios vieram de uma área ao redor do buraco negro supermassivo que existe lá, um lugar já conhecido por ser muito agitado e cheio de fenômenos intensos.
Para detectar esses raios gama, os cientistas usaram o observatório HAWC, que fica nas montanhas do México. Esse observatório detectou, ao longo de sete anos, 98 eventos de raios gama com energias altíssimas, acima de 100 teraeletronvolts (TeV). Esses raios vinham de um ponto específico, que os cientistas chamaram de HAWC J1746-2856, próximo ao centro da galáxia.
Mas o que torna essa descoberta tão incrível? Esses raios gama são gerados por um “PeVatron”, um tipo de acelerador cósmico natural superpoderoso, que acelera partículas, como prótons, quase à velocidade da luz. Esses ambientes extremos, como regiões de supernovas ou campos magnéticos poderosos perto de buracos negros, podem criar esses PeVatrons. Quando essas partículas aceleradas interagem com outras no espaço, liberam energia na forma de raios gama.
Esses raios gama não chegam até o solo da Terra, pois se desintegram quando entram na atmosfera, mas os cientistas conseguem detectá-los usando sensores subterrâneos, como os do observatório HAWC. Esses sensores captam os “chuveiros” de partículas que os raios gama criam ao se desintegrar, e assim os pesquisadores conseguem identificar de onde eles vieram no espaço.
Os cientistas ainda não sabem exatamente o que está criando esses raios gama no centro da Via Láctea. Pode ser o grande buraco negro chamado Sagitário A*, ou outro objeto misterioso da região. No entanto, eles já confirmaram que existe um PeVatron no centro da galáxia, acelerando partículas a energias extremamente altas. Esse achado também sugere que a densidade de raios cósmicos no centro da galáxia é maior que no restante da Via Láctea, indicando que há uma fonte nova de partículas aceleradas por lá.
Agora, os cientistas esperam que observações futuras, feitas por equipamentos ainda mais avançados, ajudem a desvendar de vez esse mistério sobre o HAWC J1746-2856 e os raios gama superpoderosos que vêm do centro da nossa galáxia.
Publicado em 30/10/2024 23h02
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