Conselho do CERN endossa construção de supercolisor maior

O futuro colisor circular. Crédito: CERN

O Conselho do CERN endossou por unanimidade a idéia de construir um supercollider circular maior e mais novo, batizado de Future Circular Collider (FCC). O grupo fez o anúncio em 19 de junho. A medida é o primeiro passo para a construção de um colisor de circunferência de 100 TeV e 100 quilômetros em torno de Genebra. Como parte da votação, o grupo aprovou o lançamento de um estudo de viabilidade técnica e financeira para o novo colisor.

Mesmo quando a equipe do CERN relatava evidências do bóson de Higgs, em 2012, estavam sendo propostos planos para um novo super colisor maior. Várias idéias foram apresentadas, mas agora elas são todas discutidas, exceto pelo plano de 100 quilômetros – exige a construção do colisor em torno da cidade de Genebra, cruzando o LHC em dois pontos. O plano prevê a construção de um colisor em 2040, que esmagaria elétrons em seus parceiros de antimatéria, chamados pósitrons, permitindo um estudo mais próximo do Higgs e possivelmente da matéria escura. As estimativas iniciais sugerem que custaria aproximadamente 21 bilhões de euros.

A aprovação pelo conselho do CERN não foi uma aprovação oficial do projeto – foi uma aprovação para analisar sua viabilidade. O próximo passo envolve descobrir onde cavar o novo túnel e se será possível fazê-lo na área próxima ao LHC. Se o estudo de viabilidade e as estimativas financeiras funcionarem conforme o esperado, o próximo passo seria a aprovação real para o projeto avançar. Quando isso acontecer, os fundos para o projeto deverão ser disponibilizados pelos países participantes na Europa e no Reino Unido – e desta vez, talvez, de outros países como EUA, China ou Japão. Além disso, os esforços de pesquisa teriam que ser desenvolvidos e lançados para projetar e construir o hardware necessário para o projeto.

O projeto também pede uma segunda etapa que implicaria desmontar o colisor em algum momento distante e construir um colisor de próton-próton em seu lugar. Esse colisor não seria construído para alcançar objetivos específicos, no entanto, como aconteceu com outros coletores no passado – em vez disso, seria usado para conduzir experimentos destinados a testar várias teorias que procuram explicar a natureza do universo.


Publicado em 24/06/2020 10h31

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