Casa Branca alerta para ´consequências catastróficas´ de novos surtos de ebola


Especialistas em saúde em todo o mundo estão cada vez mais preocupados com os dois crescentes surtos de Ebola na República Democrática do Congo e na Guiné.

Em um comunicado na terça-feira, a Casa Branca alertou que os surtos precisam de nossa atenção agora – e que, do contrário, correremos o risco de “consequências catastróficas”, relata a CNBC.

“Enquanto o mundo está se recuperando da pandemia COVID-19 em curso, o ebola voltou a emergir, simultaneamente, na África Central e Ocidental”, diz a declaração do secretário de imprensa do governo Biden, Jen Psaki. “Devemos fazer tudo ao nosso alcance para responder de forma rápida, eficaz e com recursos proporcionais para interromper esses surtos antes que se tornem epidemias em grande escala.”

“Os surtos exigem uma resposta rápida e avassaladora para evitar consequências catastróficas”, continua a declaração.

A notícia veio depois que a Organização Mundial da Saúde chamou a atenção para os dois potenciais ressurgimentos do Ebola na semana passada. Mais de 70 pessoas tiveram contato direto com uma mulher que morava em Butembo, uma cidade na República do Congo não muito longe da fronteira entre o Congo e Uganda. A mulher mais tarde sucumbiu à doença.

Butembo também foi o epicentro do segundo maior surto de Ebola no mundo, declarado em junho passado, de acordo com a CNBC.

“Até agora, nenhum outro caso foi identificado”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em um comunicado na semana passada. “Mas é possível que haja mais casos porque a mulher teve contato com muitas pessoas depois que se tornou sintomática.”

A Casa Branca está agora em contato com os embaixadores da Guiné, RDC, Serra Leoa e Libéria, oferecendo sua ajuda.

O ebola é de natureza bastante diferente do coronavírus. O primeiro vírus tende a se espalhar apenas por meio do contato direto com fluidos corporais ou sangue. Tem uma taxa média de letalidade de 50%.

Isso significa que é muito mais perigoso do que o coronavírus, que tem uma taxa de letalidade em torno de 2%, mas o COVID pode se espalhar com muito mais facilidade pelo ar.


Publicado em 18/02/2021 10h48

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