O caso das assinaturas tecnológicas: por que elas podem ser abundantes, duradouras, altamente detectáveis e inequívocas

Technosignatures

A intuição sugerida pela equação de Drake implica que a tecnologia deveria prevalecer menos que a biologia na galáxia.

No entanto, tem sido apreciado há décadas na comunidade SETI que as assinaturas tecnológicas podem ser mais abundantes, mais duradouras, mais detectáveis e menos ambíguas do que as assinaturas biológicas.

Reunimos os argumentos a favor e contra a onipresença das tecnoassinaturas e discutimos as implicações de algumas propriedades da vida tecnológica que diferem fundamentalmente da vida não tecnológica no contexto da astrobiologia moderna: ela pode se espalhar entre as estrelas para muitos locais, pode ser mais facilmente detectada em grandes distâncias, e pode produzir signos inequivocamente tecnológicos. Como ilustração em termos da equação de Drake, consideramos duas equações semelhantes a Drake, para tecnoassinaturas (calculando N(tech)) e bioassinaturas (calculando N(bio)).

Argumentamos que a Terra e a humanidade podem ser maus guias para o termo de longevidade L e que seu valor máximo pode ser muito grande, pois a tecnologia pode sobreviver a seus criadores e até sua estrela hospedeira. Concluímos que enquanto a equação de Drake implica que N(bio)>>N(tech), também é plausível que N(tech)>>N(bio). Como consequência, ao buscarmos possíveis indicadores de vida extraterrestre, por exemplo, através da caracterização das atmosferas de exoplanetas habitáveis, devemos buscar tanto bioassinaturas quanto tecnoassinaturas.

Este exercício também ilustra maneiras pelas quais as pesquisas de bioassinatura e tecnoassinatura podem complementar e complementar umas às outras e como os métodos de pesquisa de tecnoassinatura, incluindo ideias antigas do SETI, podem informar a busca por bioassinaturas e vida em geral.


Publicado em 25/03/2022 16h45

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