Agora achamos que estamos sozinhos.
Pode ser a hora de cientistas entusiastas por alienígenas chamarem uma pá de “pá”.
É o que diz o astrofísico Paul Sutter, de SUNY Stony Brook, que em uma nova coluna da Space.com insiste que a busca por vida inteligente entre as estrelas chegou ao fim – embora, ele argumenta, isso não significa que estejamos sozinhos no universo qualquer.
“Os humanos escanearam e vasculharam os céus em busca de sinais de outras civilizações avançadas do universo”, escreveu Sutter. “E não encontramos nada. Absolutamente nada. Então, talvez não devêssemos estar tão focados na vida inteligente, mas em qualquer tipo de vida.”
O SETI está pronto
A ideia principal por trás da busca por inteligência extraterrestre (SETI), Sutter agued, baseia-se na teoria de que “a vida inteligente deveria ser mais fácil de detectar do que a vida normal, não inteligente, porque criaturas inteligentes são capazes de realmente fazer sua presença conhecida.”
“Mas algo neste argumento está errado”, disse Sutter. “Ou a vida inteligente não é tão comum quanto esperávamos ou não é tão detectável quanto poderíamos esperar. De qualquer forma, não parece que o SETI dará frutos tão cedo.”
Resta, disse ele, tornar mais ampla a busca por sinais de vida no céu, levando em conta bioassinaturas que poderiam sugerir vida menos avançada em mundos distantes.
“Nossa primeira evidência de vida fora da Terra assumirá a forma de um movimento em uma linha em uma trama, nos dizendo que as criaturas vivas alteraram dramaticamente o equilíbrio de seu planeta natal”, disse ele. “A vida não inteligente pode não ser tão comum quanto a vida inteligente (embora, verdade seja dita, não tenhamos ideia de como qualquer uma delas é), mas criaturas simples ainda são capazes de se fazer notar.”
E afinal: um alienígena é um alienígena, não importa o quão pequeno seja.
Publicado em 11/11/2021 09h22
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