Vasos sanguíneos artificiais impressos em 3D podem revolucionar o tratamento de doenças cardíacas

Enxertos vasculares inovadores impressos em 3D desenvolvidos pela University of Edinburgh mostram potencial para revolucionar cirurgias de bypass cardíaco, combinando força, flexibilidade e riscos reduzidos de complicações em uma nova aplicação médica. Crédito: Dr. Norbert Radasci, School of Engineering, University of Edinburgh.

doi.org/10.1002/admt.202400224
Credibilidade: 999
#Cardíaca 

Vasos sanguíneos impressos em 3D que se assemelham muito às propriedades das veias humanas podem revolucionar o tratamento de doenças cardiovasculares

Especialistas dizem que tubos fortes, flexíveis e gelatinosos recentemente desenvolvidos, criados por meio de uma tecnologia inovadora de impressão 3D, têm o potencial de melhorar os resultados para pacientes de bypass cardíaco, substituindo as veias humanas e sintéticas atualmente usadas em cirurgias para redirecionar o fluxo sanguíneo.

O desenvolvimento de vasos sintéticos pode ajudar a limitar cicatrizes, dor e risco de infecção associados à remoção de veias humanas em operações de bypass, das quais cerca de 20.000 são realizadas na Inglaterra a cada ano. Os produtos também podem ajudar a aliviar a falha de pequenos enxertos sintéticos, que podem ser difíceis de integrar ao corpo.

Em um processo de dois estágios, uma equipe de pesquisadores liderada pela Escola de Engenharia da Universidade de Edimburgo usou um fuso giratório integrado a uma impressora 3D para imprimir enxertos tubulares feitos de um gel à base de água.

Eles posteriormente reforçaram o enxerto impresso em um processo conhecido como eletrofiação, que usa alta voltagem para extrair nanofibras muito finas, revestindo o vaso sanguíneo artificial em moléculas de poliéster biodegradáveis. Os testes mostraram que os produtos resultantes são tão fortes quanto os vasos sanguíneos naturais.

Versatilidade e futuras direções de pesquisa:

O enxerto 3D pode ser feito em espessuras de 1 a 40 mm de diâmetro, para uma variedade de aplicações, e sua flexibilidade significa que ele pode ser facilmente integrado ao corpo humano, diz a equipe. A próxima etapa do estudo envolverá a pesquisa do uso dos vasos sanguíneos em animais, em colaboração com o Instituto Roslin da Universidade de Edimburgo, seguido por testes em humanos.

A pesquisa, publicada na Advanced Materials Technologies, foi realizada em colaboração com a Universidade Heriot-Watt.

O Dr. Faraz Fazal, da Escola de Engenharia da Universidade de Edimburgo e autor principal, disse: Nossa técnica híbrida abre novas e empolgantes possibilidades para a fabricação de construções tubulares em engenharia de tecidos.-

O Dr. Norbert Radacsi, da Escola de Engenharia da Universidade de Edimburgo e pesquisador principal, disse: Os resultados de nossa pesquisa abordam um desafio de longa data no campo da engenharia de tecidos vasculares – produzir um conduíte que tenha propriedades biomecânicas semelhantes às das veias humanas.

Com apoio e colaboração contínuos, a visão de melhores opções de tratamento para pacientes com doenças cardiovasculares pode se tornar realidade.


Publicado em 30/07/2024 11h14

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