Usando a mão humana como uma fonte de radiação infravermelha impotente

A mão humana como fonte de luz infravermelha, com cada dedo emitindo luz infravermelha de forma independente. Crédito: Shun An.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Jiao Tong de Xangai descobriu que a mão humana pode ser usada como uma fonte de radiação infravermelha (IR) impotente em vários tipos de aplicações. Em seu artigo publicado em Proceedings of the National Academy of Sciences, o grupo observa que a mão humana emite IR naturalmente e eles demonstram que a radiação pode ser capturada e usada.

O corpo humano emite luz na faixa de infravermelho invisível, incluindo as mãos. Esta fonte de radiação, observaram os pesquisadores, poderia ser potencialmente capturada e usada em aplicações que variam de geração de sinal a sistemas de criptografia. Eles observaram ainda que, como a mão tem vários dedos, o IR que ela emite pode ser considerado multiplexado.

IR é uma forma de radiação eletromagnética – seus comprimentos de onda são maiores do que os da luz visível, razão pela qual os humanos não podem vê-los. Pesquisas anteriores mostraram que o corpo humano emite essa radiação devido ao calor corporal. A radiação eletromagnética carrega consigo energia radiante e seu comportamento é classificado como uma partícula quântica e uma onda. Pesquisas anteriores também mostraram que a radiação eletromagnética pode ser usada em uma variedade de aplicações, incluindo microondas, rádios e dispositivos de imagens médicas. E a luz infravermelha, em particular, permite óculos de visão noturna, dispositivos de espectroscopia e dispositivos médicos usados para tratar vítimas de queimaduras. Neste novo esforço, os pesquisadores descobriram que a quantidade muito pequena de IR emitida pela mão humana é suficiente para uso em vários dispositivos.

A equipe começou criando um dispositivo capaz de separar o infravermelho emitido por uma mão do infravermelho ambiente. Eles então pulverizaram um material de baixo reflexo em uma base de alumínio e descobriram que, juntos, os dois dispositivos poderiam ser usados para criptografar mensagens em temperatura ambiente. Eles observaram que quando uma mão humana era usada como fonte de luz para o dispositivo, suas emissões de infravermelho eram refletidas por todas as regiões, que incluíam aquelas com alto infravermelho – o maior aumento de infravermelho permitiu que o dispositivo diferenciasse a radiação infravermelha, fornecendo um meio para construir em um processo de descriptografia. Os pesquisadores sugerem que seu dispositivo prova que IR gerado por humanos é suficiente para construir dispositivos baseados em IR. Eles também observam que seu dispositivo pode ser modificado para permitir o uso de dedos como chaves de criptografia.


Publicado em 10/04/2021 16h28

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