A zona habitável é a região ao redor de uma estrela onde corpos estagnados de água líquida podem ser estáveis em uma superfície planetária.
Freqüentemente, assume-se que sua largura é ditada pela eficiência do ciclo carbonato-silicato, que manteve as condições de superfície habitável em nosso planeta por bilhões de anos. Este ciclo pode ser inibido pela condensação de superfície de quantidades significativas de gelo de CO2, o que é provável que ocorra em planetas distantes contendo níveis altos o suficiente de CO2 atmosférico.
Esse processo pode aprisionar permanentemente o gelo de CO2 no planeta, ameaçando sua habitabilidade a longo prazo. Trabalhos recentes modelaram este cenário para corpos planetários inicialmente frios e gelados orbitando o sol. Aqui, usamos um modelo de balanço de energia avançado para considerar planetas inicialmente quentes e frios em rotação rápida orbitando estrelas F – K.
Mostramos que a faixa de distâncias orbitais onde ocorre condensação significativa de CO2 na superfície do gelo é significativamente reduzida para planetas com partida a quente. O tipo de estrela não afeta esta conclusão, embora o gelo de CO2 na superfície se condense em uma fração maior da zona habitável em torno de estrelas mais quentes. As simulações de partida a quente são, portanto, consistentes com as previsões do modelo 1-D, sugerindo que os limites clássicos da zona habitável nesses modelos anteriores ainda são válidos. Também descobrimos que as simulações de inicialização a frio exibem tendências que são consistentes com aquelas de trabalhos anteriores para o Sol, embora agora estendamos a análise para outros tipos de estrelas.
Publicado em 31/03/2021 13h23
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