Quando a próxima geração de observatórios for implantada, os astrônomos da Universidade de Cornell esperam usá-los para examinar exoplanetas distantes orbitando estrelas mortas em busca de sinais de vida.
Quando um exoplaneta rochoso semelhante à Terra passa em frente à estrela anã branca que orbita, os astrônomos planejam procurar por impressões digitais da vida, do passado ou do presente. E para começar, os cientistas de Cornell publicaram uma pesquisa no The Astrophysical Journal Letters na quinta-feira, que oferece uma referência para ajudar os astrônomos a entender o que encontram.
Segunda vida
Essa marca específica de exoplaneta teria sobrevivido à morte de sua estrela hospedeira: as anãs brancas são os núcleos remanescentes de estrelas que esgotaram todo o combustível e entraram em colapso. É lógico que qualquer coisa que viva nesses mundos não sobreviveria a um evento tão devastador, mas uma nova vida poderia ter surgido teoricamente depois.
“Se encontrarmos sinais de vida em planetas orbitando sob a luz de estrelas mortas há muito tempo”, disse a astrônoma de Cornell Lisa Kaltenegger em um comunicado à imprensa, “a próxima pergunta intrigante seria se a vida sobreviveria à morte da estrela ou se começaria tudo de novo – uma segunda gênese, se você quiser.”
Impressão digital cósmica
É aí que entra a nova pesquisa. Ela serve essencialmente como um catálogo do que os astrônomos podem encontrar ao estudar esses exoplanetas.
“Se observarmos um trânsito desse tipo de planeta, os cientistas poderão descobrir o que há em sua atmosfera, remeter a este artigo, compará-lo com impressões digitais espectrais e procurar sinais de vida”, disse Thea Kozakis, estudante de astronomia da Cornell. “A publicação desse tipo de guia permite que os observadores saibam o que procurar.”
Publicado em 02/05/2020 04h36
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