Cientistas identificam ‘peptídeo pioneiro’ que pode ter gerado vida na Terra

Cientistas da Rutgers University identificaram uma porção de uma proteína chamada “Nickelback” que é um candidato provável para dar início à vida na Terra há mais de 3 bilhões de anos. Essa descoberta tem implicações importantes para a busca por vida extraterrestre, pois oferece uma nova pista para os pesquisadores procurarem. Os pesquisadores acreditam que algumas proteínas precursoras desempenharam um papel fundamental na transformação da química pré-biótica em sistemas biológicos vivos, e “Nickelback” é um desses “peptídeos pioneiros”.

#Peptídeo 

A pesquisa pode fornecer pistas para a vida extraterrestre.

Uma equipe de cientistas da Rutgers University dedicada a identificar as origens primordiais do metabolismo – um conjunto de reações químicas centrais que deram origem à vida na Terra – identificou parte de uma proteína que pode fornecer aos cientistas pistas para detectar planetas prestes a produzir vida.

A pesquisa, publicada em 10 de março na revista Science Advances, tem implicações importantes na busca por vida extraterrestre porque dá aos pesquisadores uma nova pista para procurar, disse Vikas Nanda, pesquisador do Centro de Biotecnologia e Medicina Avançada (CABM). em Rutgers.

Com base em estudos de laboratório, os cientistas da Rutgers dizem que um dos candidatos químicos mais prováveis que deu início à vida foi um peptídeo simples com dois átomos de níquel que eles chamam de “Nickelback” não porque tenha algo a ver com a banda de rock canadense, mas porque seu nitrogênio de espinha dorsal átomos ligam dois átomos de níquel críticos. Um peptídeo é um constituinte de uma proteína composta de alguns blocos de construção elementares conhecidos como aminoácidos.

“Os cientistas acreditam que em algum momento entre 3,5 e 3,8 bilhões de anos atrás houve um ponto de inflexão, algo que deu início à mudança da química pré-biótica – moléculas antes da vida – para sistemas biológicos vivos”, disse Nanda. “Acreditamos que a mudança foi desencadeada por algumas pequenas proteínas precursoras que realizaram etapas importantes em uma antiga reação metabólica. E achamos que encontramos um desses ‘peptídeos pioneiros’.”

Uma renderização de computador do peptídeo Nickelback mostra os átomos de nitrogênio da espinha dorsal (azul) que ligam dois átomos de níquel críticos (laranja). Os cientistas que identificaram essa parte de uma proteína acreditam que ela pode fornecer pistas para a detecção de planetas prestes a produzir vida. Crédito: O Laboratório Nanda

Uma renderização de computador do peptídeo Nickelback mostra os átomos de nitrogênio da espinha dorsal (azul) que ligam dois átomos de níquel críticos (laranja). Os cientistas que identificaram essa parte de uma proteína acreditam que ela pode fornecer pistas para a detecção de planetas prestes a produzir vida. Crédito: O Laboratório Nanda


Publicado em 19/03/2023 16h37

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