Textos astecas centenários detalham a história de sua capital, conquistas e queda para os espanhóis

Uma família privada vendeu recentemente três códices astecas dos séculos XVI e XVII ao governo mexicano. (Crédito da imagem: ©SC, INAH, BNAH)

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Três códices dos séculos XVI e XVII descrevem detalhes históricos sobre os astecas e a área que hoje é a Cidade do México.

Códices centenários do que hoje é o México contêm uma riqueza de conhecimento sobre os astecas em sua língua nativa, incluindo detalhes sobre a fundação de sua capital, suas conquistas e sua queda para os espanhóis, de acordo com o Instituto Nacional de Antropologia e História do México ( INAH).

O governo mexicano comprou recentemente três códices ilustrados, conhecidos como Códices de San Andrés Tetepilco, a uma família privada que transmitiu os documentos astecas durante gerações, informou o jornal espanhol El País.

Os astecas governaram uma grande área do México durante os séculos XV e XVI.

Sua capital era Tenochtitlán, onde hoje é a Cidade do México.

Entre 1519 e 1521, uma força espanhola conquistou os astecas e estabeleceu o domínio espanhol sobre a área.

Códices escritos na língua indígena Nahuatl e em espanhol continuaram sendo produzidos no início do século XVII.

Um dos códices recém-adquiridos descreve a fundação de Tenochtitlán por volta de 1300 e os senhores que a governaram nos tempos pré-hispânicos, disseram representantes do INAH em um comunicado traduzido.

O códice também descreve a conquista asteca da cidade de Tetepilco por volta de 1440 e como o governante da cidade jurou vassalagem aos astecas.

Ele ainda detalha a chegada dos espanhóis em 1519 e seu domínio até o ano de 1611, disse o comunicado.

Os espanhóis continuaram a governar o México até 1821.

Os códices centenários ainda contêm vestígios de cores, em grande parte provenientes de plantas, carvão, ocre e índigo. (Crédito da imagem: ©SC, INAH, BNAH)

Os códices pertenciam a uma família da Cidade do México, que pediu anonimato.

Quando cientistas da Universidade Autônoma Metropolitana da Cidade do México examinaram os códices, descobriram que duas das folhas estavam escritas em amate, ou papel de casca de árvore, e que as tintas dos códices eram feitas de plantas, carvão e índigo, criando as cores vermelho, amarelo ocre, preto e azul.

Depois que a autenticidade dos documentos foi confirmada, o governo negociou com a família e comprou os três códices por 9,5 milhões de pesos (cerca de US$ 570 mil), disse o comunicado.

Os códices incluem ilustrações e textos escritos em língua asteca. (Crédito da imagem: ©SC, INAH, BNAH)

Os outros dois códices vendidos pela família incluem um que descreve a fundação de Tetepilco e outro que detalha os bens detidos por uma igreja em Tetepilco, informou o El País.


Publicado em 31/03/2024 00h38

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