doi.org/10.1002/evan.22050
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#Humanos
Ninguém sabe exatamente quando o beijo começou fazendo parte das interações humanas.
Em algumas culturas, beijar é comum, enquanto em outras não. Isso sugere que o beijo pode ter mais a ver com cultura do que com instinto. Mas o ato de beijar também é visto em outros primatas, como bonobos e chimpanzés, o que levou os cientistas a novas teorias sobre suas origens.
De acordo com Adriano Lameira, psicólogo evolutivo da Universidade de Warwick, o beijo pode ter começado de uma maneira bem inesperada (e até um pouco nojenta!). Ele sugere que nossos ancestrais, durante a prática de se limpar uns aos outros, usavam os lábios para remover parasitas ou pele morta. Era como uma sessão de cuidado, onde, ao encontrar algo grudado na pele de um parceiro, o primata usava a boca para ajudar a tirar aquilo.
Com o tempo, mesmo que a limpeza deixasse de ser tão importante, o ato de tocar os lábios no outro para finalizar a “limpeza? poderia ter ficado como uma forma de carinho. Lameira escreve que, à medida que os seres humanos perderam pelos corporais e a necessidade de se limpar tanto, esse toque final dos lábios pode ter sobrevivido, servindo para fortalecer laços sociais e familiares.
Outras Explicações e Comparações:
Já houve outras teorias sobre a origem do beijo, como a ideia de que começou com as mães pré-mastigando a comida para os bebês. No entanto, essa teoria não explica o gesto de juntar os lábios de forma carinhosa. Outra ideia sugere que o beijo surgiu de um comportamento de farejar o outro, mas isso também não inclui a participação da boca de forma convincente.
Ligação com a Limpeza Social dos Primatas:
Lameira aponta que primatas passam muito tempo cuidando e limpando uns aos outros, o que ajuda criando laços e diminuir o estresse. Humanos, por outro lado, dedicam muito menos tempo a isso, porque não temos pelos grossos e temos outros meios de higiene. Mas, mesmo assim, talvez tenhamos preservado esse hábito em forma de beijo.
Embora nunca possamos ter certeza absoluta de como o beijo surgiu, estudar o comportamento de outros primatas e comparar com o nosso pode nos dar mais pistas. Afinal, pode ser que nossos hábitos de hoje ainda carreguem ecos das práticas de nossos ancestrais.
E agora, tente não pensar em parasitas na próxima vez que beijar alguém!
Publicado em 18/11/2024 07h55
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