Cientistas surpresos: medusa ‘caravela-portuguesa’ não É uma, mas quatro espécies diferentes

Análises genômicas recentes revelam que a caravela-portuguesa não é uma espécie única e globalmente uniforme, mas sim composta por pelo menos quatro táxons crípticos com morfologias, genética e distribuições distintas. Crédito: Shutterstock

doi.org/10.1016/j.cub.2025.05.066
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#caravelaportuguesa 

As medusas conhecidas como caravelas-portuguesas, ou “bluebottles? em inglês, sempre foram consideradas uma única espécie que flutua pelos oceanos do mundo

Porém, uma nova pesquisa revelou que, na verdade, elas são pelo menos quatro espécies distintas, cada uma com características físicas, genética e áreas de distribuição próprias.

Essa descoberta foi feita por um estudo internacional liderado por cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, junto com pesquisadores da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW) e da Universidade Griffith, na Austrália. Eles analisaram o material genético de 151 caravelas coletadas em diferentes partes do planeta.

Uma varejeira-azul em uma praia da Gold Coast, na Austrália. Crédito: Kylie Pitt

Diversidade genética surpreendente

Publicado na revista Current Biology, o estudo mostrou que as caravelas formam cinco grupos genéticos que não se cruzam entre si, mesmo vivendo em áreas próximas. Isso contradiz a ideia antiga de que todas pertenciam a uma única população misturada nos oceanos.

“Ficamos chocados, porque achávamos que eram todas a mesma espécie”, disse a professora Kylie Pitt, da Universidade Griffith. “Mas os dados genéticos mostram que elas não só são diferentes, como também não se reproduzem entre si, apesar de estarem em regiões próximas. A caravela é perfeita para viajar longas distâncias, usando sua bolsa cheia de gás e uma crista muscular para “velejar? com o vento na superfície do mar.”

O estudo encontrou quatro espécies distintas de mosca-varejeira após uma análise global. Crédito: Universidade Griffith

Confirmando diferenças com imagens e genética

Os cientistas combinaram análises genéticas com observações físicas. Eles usaram milhares de fotos enviadas por pessoas comuns ao site iNaturalist.org para identificar quatro formas físicas distintas das caravelas. Essas formas, que no passado (séculos 18 e 19) foram sugeridas como espécies separadas, mas depois descartadas, agora foram confirmadas pela genética moderna.

O estudo identificou as espécies Physalia physalis, P. utriculus e P. megalista, além de uma nova espécie chamada Physalia minuta, encontrada perto da Nova Zelândia e da Austrália. Cada espécie ainda é dividida em subgrupos geneticamente únicos, moldados pelos ventos e correntes oceânicas de cada região, segundo modelos avançados de circulação marítima.

Repensando a vida nos oceanos

“Existe a ideia de que os oceanos são todos conectados, e que as caravelas são uma única espécie espalhada pelo mundo, viajando com o vento e as correntes”, explicou a professora Pitt. “Mas isso não é verdade. E o mais interessante na Austrália oriental é que temos várias espécies que evoluíram mesmo vivendo lado a lado. Por que elas se tornaram espécies diferentes se estão no mesmo ambiente e poderiam se misturar? Que fatores levaram a essa separação”?

Os pesquisadores destacaram que novas pesquisas sobre os processos físicos, ambientais e biológicos que criaram e mantêm essa diversidade genética serão essenciais para entender melhor a biodiversidade nos oceanos abertos. Essa descoberta muda o que a ciência pensava sobre como a vida se organiza nos mares.


Publicado em 25/06/2025 21h02


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Texto adaptado por IA (Grok) do original em inglês. Imagens de bibliotecas públicas de imagens ou créditos na legenda. Informações sobre DOI, autor e instituição encontram-se no corpo do artigo.


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