
doi.org/10.1126/sciadv.adt1538
Credibilidade: 989
#Marte
Pela primeira vez, cientistas conseguiram observar um processo importante que está causando a perda gradual da atmosfera de Marte
Depois de analisar mais de nove anos de dados coletados por um satélite, uma equipe liderada pela cientista planetária Shannon Curry, da Universidade do Colorado em Boulder, detectou sinais claros de um fenômeno chamado “sputtering” (ou pulverização atmosférica, em português). Esse processo é uma peça-chave para entender como Marte perdeu sua atmosfera e sua água ao longo do tempo.
“Essas descobertas são um grande passo para confirmar que o sputtering é uma das principais causas da perda da atmosfera de Marte”, escreveram os pesquisadores. “Isso nos ajuda a entender a história da água no planeta e como ele pode ter sido habitável no passado.”

O sputtering acontece quando partículas carregadas (íons) são aceleradas pelo campo elétrico do vento solar, que é um fluxo de partículas vindo do Sol. Em planetas como Marte, que não possuem um campo magnético global para protegê-los, essas partículas colidem com a atmosfera. É como se fosse uma pedrada em um lago: a energia da colisão agita as moléculas da atmosfera, e algumas delas ganham velocidade suficiente para escapar da gravidade do planeta e voar para o espaço.
Observar esse processo em Marte é bem difícil. Para isso, é preciso medir ao mesmo tempo as partículas neutras que são lançadas, os íons que colidem com a atmosfera ou o campo elétrico que os acelera. Além disso, é necessário observar tanto o lado iluminado quanto o lado escuro de Marte, bem fundo na atmosfera.
A única nave espacial com os equipamentos certos para fazer essas observações é a MAVEN, da NASA. Os cientistas analisaram cuidadosamente os dados coletados por ela desde que chegou à órbita de Marte, em setembro de 2014. Eles procuraram momentos em que o satélite mediu ao mesmo tempo o campo elétrico do vento solar e a quantidade de argônio, um gás presente na atmosfera de Marte, que serve como um “marcador? para identificar o sputtering.
Os resultados mostraram que, acima de 350 quilômetros de altitude, a quantidade de argônio varia dependendo da direção do campo elétrico do vento solar. Já em altitudes mais baixas, a quantidade de argônio permanece constante. Eles também descobriram que formas mais leves do argônio variam, enquanto as mais pesadas ficam em maior quantidade, o que indica que o sputtering está acontecendo.
Essa descoberta foi reforçada por observações de uma tempestade solar que atingiu Marte em janeiro de 2016. Durante esse evento, as evidências do sputtering ficaram ainda mais claras. Isso não só confirma que o processo está ativo hoje em Marte, mas também sugere como pode ter sido bilhões de anos atrás, quando o Sol era mais jovem, brilhante e causava tempestades mais frequentes.
“Descobrimos que o sputtering hoje é mais de quatro vezes maior do que as previsões anteriores, e uma tempestade solar pode aumentar muito esse efeito”, escreveram os pesquisadores. “Nossos resultados mostram que o sputtering está acontecendo em Marte atualmente e pode ter sido a principal forma de perda de atmosfera no início do Sistema Solar, quando o Sol era muito mais ativo.”
Publicado em 30/05/2025 05h01
Texto adaptado por IA (Grok) do original em inglês. Imagens de bibliotecas públicas de imagens ou créditos na legenda. Informações sobre DOI, autor e instituição encontram-se no corpo do artigo.
Estudo original:
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