
doi.org/10.1080/03115518.2025.2489614
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#Antártica
Fósseis encontrados na Austrália guardam pistas de plantas da era dos dinossauros, quando a região ficava no Círculo Polar Antártico
Agora, cientistas recriaram como era o ambiente onde viviam os chamados “dinossauros polares”, usando restos de plantas como pólen e esporos.
Hoje, a Austrália é uma ilha isolada, mas, há 120 milhões de anos, ela fazia parte de uma enorme massa de terra junto com a Antártida, localizada no Círculo Polar. Nessa época, dinossauros habitavam essa região, e um novo estudo revelou como era o lugar onde eles viviam.
Imagens criadas pelos cientistas mostram que os “dinossauros polares” caminhavam por florestas frescas e úmidas, cortadas por rios e cobertas por grandes samambaias. Entre esses dinossauros estavam os pequenos ornitópodes, que comiam plantas e tinham bicos com muitos dentes, e os pequenos terópodes, dinossauros carnívoros que andavam sobre duas pernas e muitas vezes tinham penas, segundo Vera Korasidis, uma das autoras do estudo, em um artigo na revista The Conversation.
“O que hoje é o estado de Victoria, na Austrália, ficava dentro do Círculo Polar, a 80 graus ao sul do equador, e passava meses na escuridão”, explicou Korasidis, que é professora de geociências ambientais na Universidade de Melbourne e pesquisadora do Museu Nacional de História Natural do Smithsonian. “Mesmo com essas condições difíceis, os dinossauros prosperaram ali, deixando rastros de sua existência em vários sítios paleontológicos.”
A quantidade de luz solar na Antártida não mudou ao longo dos milhões de anos, mas o clima na era dos dinossauros, chamada de Cretáceo (entre 145 e 66 milhões de anos atrás), era muito mais quente do que hoje. As temperaturas eram, em média, de 6 a 14 graus Celsius mais altas, e não havia gelo nos polos. O início do Cretáceo (de 140 a 110 milhões de anos atrás) foi um dos períodos mais quentes dos últimos 500 milhões de anos, segundo Korasidis.
Por muitos anos, cientistas estudaram rochas com fósseis de dinossauros no estado de Victoria, mas também analisaram pólen e esporos microscópicos de plantas que existiam perto do Polo Sul durante o início do Cretáceo. No novo estudo, Korasidis e sua colega Barbara Wagstaff, especialista em pólen e esporos da Universidade de Melbourne, examinaram quase 300 amostras de pólen e esporos de 48 locais na costa de Victoria. Essas amostras, de 130 a 110 milhões de anos atrás, ajudaram a entender como eram as florestas e áreas alagadas onde os dinossauros viviam.
Os resultados do estudo, publicados na revista Alcheringa em 7 de maio, mostram que as florestas eram formadas principalmente por coníferas (como pinheiros) no topo, enquanto samambaias, incluindo samambaias arbóreas e outras mais primitivas, dominavam o chão. A partir de 113 milhões de anos atrás, começaram a aparecer muitas plantas com flores, o que também aconteceu em outras partes do mundo.
“A chegada das plantas com flores mudou o ambiente, causando a extinção de várias plantas menores”, escreveu Korasidis. “Por volta de 100 milhões de anos atrás, as florestas de Victoria tinham coníferas altas, com plantas com flores, samambaias, musgos e outras plantas pequenas no chão.”
Essa mudança nas plantas também afetou os dinossauros. Muitos começaram a comer plantas com flores no final do Cretáceo, segundo a revista Smithsonian. Assim, o estudo revela não só como era o lar dos “dinossauros polares”, mas também como as mudanças no ambiente moldaram a vida deles.
Publicado em 13/05/2025 06h25
Texto adaptado por IA (Grok) do original em inglês. Imagens de bibliotecas públicas de imagens ou créditos na legenda. Informações sobre DOI, autor e instituição encontram-se no corpo do artigo.
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