
doi.org/10.1007/s11430-024-1517-1
Credibilidade: 989
#Antártida
Um novo estudo revelou que a camada de gelo da Antártida, pela primeira vez em décadas, cresceu entre 2021 e 2023, graças a mudanças significativas em algumas geleiras importantes da região leste do continente
A camada de gelo da Antártida (conhecida como AIS, na sigla em inglês) é muito importante porque influencia o nível do mar em todo o mundo. Desde 2002, os satélites GRACE e GRACE-FO, que medem a gravidade da Terra, têm monitorado as mudanças no gelo da Antártida. Esses dados mostram como o gelo está ganhando ou perdendo massa ao longo do tempo.

O que os estudos anteriores mostravam?
Até recentemente, os cientistas observaram que a Antártida estava perdendo gelo, especialmente na parte oeste e na Península Antártica. Entre 2002 e 2010, a camada de gelo perdeu cerca de 74 bilhões de toneladas de gelo por ano. Esse número quase dobrou para 142 bilhões de toneladas por ano entre 2011 e 2020. Essa perda de gelo contribuiu para o aumento do nível do mar, adicionando cerca de 0,2 mm por ano no primeiro período e 0,39 mm por ano no segundo.
Enquanto isso, as geleiras na Antártida Oriental pareciam mais estáveis. Mas um estudo liderado pelo Dr. Wang e pelo
Prof. Shen, da Universidade Tongji, na China, trouxe uma grande surpresa: entre 2021 e 2023, a camada de gelo da Antártida ganhou gelo, algo que não acontecia há décadas.

O que mudou entre 2021 e 2023″
Durante esses dois anos, a Antártida ganhou cerca de 108 bilhões de toneladas de gelo por ano, o equivalente a um recorde histórico. Esse aumento foi causado principalmente por uma quantidade incomum de neve acumulada, que ajudou a camada de gelo crescendo. Como resultado, em vez de contribuir para a elevação do nível do mar, a Antártida ajudou a reduzi-lo em cerca de 0,3 mm por ano nesse período.

Foco nas geleiras da Antártida Oriental
Quatro grandes geleiras na região de Wilkes Land”Queen Mary Land, na Antártida Oriental, chamadas Totten, Moscow, Denman e Vincennes Bay, foram destaque no estudo. Entre 2011 e 2020, essas geleiras estavam perdendo gelo rapidamente, a uma taxa de quase 48 bilhões de toneladas por ano. Essa perda foi causada principalmente por dois fatores:
– Redução de massa na superfície (72,5%), devido a menos neve acumulada e mais derretimento.
– Descarga de gelo (27,5%), quando grandes pedaços de gelo se desprendem e vão para o mar.
Porém, entre 2021 e 2023, essas mesmas geleiras mudaram completamente de comportamento e começaram a ganhar gelo, revertendo a tendência de perda.
Por que isso é importante?
As geleiras da Antártida Oriental são cruciais. Se elas derretessem completamente, poderiam elevar o nível do mar em mais de 7 metros, o que seria catastrófico para cidades costeiras em todo o mundo. O fato de elas terem perdido gelo rapidamente no passado já era um alerta climático importante. Agora, o crescimento recente dessas geleiras é uma boa notícia, mas os cientistas alertam que é preciso continuar monitorando para entender se essa recuperação vai continuar.
O que podemos aprender com isso?
Essa descoberta mostra como a Antártida é sensível a mudanças no clima, como variações na quantidade de neve. O aumento de gelo entre 2021 e 2023 não significa que o problema do derretimento está resolvido, mas dá aos cientistas novas informações para estudar o comportamento da camada de gelo.
Os pesquisadores pedem mais atenção à estabilidade dessas geleiras, já que elas têm um impacto enorme no futuro do planeta. Com mais estudos e monitoramento, poderemos entender melhor como proteger a Antártida e os oceanos do mundo.
Publicado em 30/04/2025 04h08
Texto adaptado por IA (Grok) do original em inglês. Imagens de bibliotecas públicas de imagens ou créditos na legenda. Informações sobre DOI, autor e instituição encontram-se no corpo do artigo.
Estudo original:
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