
doi.org/10.1126/science.ado9966
Credibilidade: 989
#Ciclo de Carbono
Cientistas usando o robô Curiosity, da NASA, encontraram um mineral chamado siderita – um tipo de carbonato de ferro – em rochas ricas em sulfato na Cratera Gale, em Marte
Essa descoberta resolve um mistério antigo sobre os carbonatos que pareciam estar “faltando” no planeta.
O achado traz novas pistas sobre como era a atmosfera de Marte no passado e reforça a ideia de que o planeta já teve condições para ter água líquida. A descoberta também questiona dados antigos coletados por satélites e sugere que mais carbono pode estar escondido sob a superfície de Marte ou ter sido perdido para o espaço.

Repensando a Atmosfera Antiga de Marte
Os cientistas acreditam há muito tempo que Marte já teve uma atmosfera densa, cheia de dióxido de carbono (CO2), e água líquida correndo em sua superfície. Segundo essa teoria, o CO2 e a água deveriam ter reagido com as rochas do planeta, formando minerais chamados carbonatos. Mas, até recentemente, as análises feitas por robôs e instrumentos em órbita, usando espectroscopia de infravermelho, não encontravam a quantidade esperada desses carbonatos.
Agora, um novo estudo publicado na revista Science mostra algo diferente. Dados de três locais perfurados pelo Curiosity na região de Monte Sharp, dentro da Cratera Gale, revelaram a presença de siderita, um mineral de carbonato à base de ferro, em camadas de rocha ricas em sulfato.

Uma Descoberta Surpreendente Sob a Superfície
“A descoberta de muita siderita na Cratera Gale é um avanço surpreendente e importante para entendermos a evolução geológica e atmosférica de Marte”, disse Benjamin Tutolo, professor da Universidade de Calgary, no Canadá, e principal autor do estudo.
Para estudar a composição do solo marciano, o Curiosity perfura alguns centímetros na superfície e coleta amostras de rocha em pó. Essas amostras são analisadas por um instrumento chamado CheMin, desenvolvido pelo Centro de Pesquisa Ames, da NASA. O CheMin usa difração de raios X para identificar a estrutura dos minerais nas rochas, e os resultados são estudados por cientistas no Centro Espacial Johnson, da NASA, em Houston.

Raios X Revelam o Passado de Marte
“Perfurar as camadas da superfície de Marte é como folhear um livro de história”, explica Thomas Bristow, cientista do Centro Ames da NASA e coautor do estudo. “Apenas alguns centímetros abaixo da superfície nos dão uma boa ideia dos minerais que se formaram na superfície ou perto dela há cerca de 3,5 bilhões de anos.”
A presença de siderita em rochas sob a superfície sugere que os carbonatos podem estar sendo “escondidos” por outros minerais quando analisados por satélites com infravermelho. Se outras camadas ricas em sulfato em Marte também tiverem carbonatos, a quantidade de dióxido de carbono armazenada seria apenas uma fração do que seria necessário na atmosfera antiga para manter o planeta quente o suficiente para ter água líquida. O restante pode estar escondido em outros depósitos ou ter escapado para o espaço ao longo do tempo.
O Futuro da Exploração em Marte
No futuro, novas missões ou análises de áreas ricas em sulfato em Marte podem confirmar essas descobertas e ajudar a entender melhor a história inicial do planeta e como ele mudou quando perdeu sua atmosfera.
Publicado em 19/04/2025 14h07
Texto adaptado por IA (Grok) do original em inglês. Imagens de bibliotecas públicas de imagens ou créditos na legenda. Informações sobre DOI, autor e instituição encontram-se no corpo do artigo.
Estudo original:
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