Bem, a pergunta parece ter como resposta óbvia “não”, já que um universo tão vasto, tendo somente em nossa galáxia cerca de 400 bilhões de estrelas, a maioria delas com planetas, muito deles supostamente habitados, e cerca de 200 bilhões de galáxias no universo conhecido.
Levando em conta a Equação de Drake, milhares de civilizações podem estar vivendo na nossa galáxia, a Via Láctea nesse exato momento, contemporâneas com nossa espécie. Isso sem levar em consideração outras galáxias, matéria escura e multiverso, que acabariam por aumentar em muito esse número.
Mas, se estamos “ouvindo” outras estrelas há pelo menos 50 anos, já deveríamos ter detectado sinais de outras civilizações, não é mesmo? Bem, isso não aconteceu ainda e podem ser por diversas razões:
- Não estamos procurando no lugar certo ou há tempo suficiente. Como estamos ouvindo estrelas as estrelas há 50 anos, nosso alcance é de 50 anos-luz. Porém isso é uma parte ínfima de nossa galáxia que tem cerca de 100 mil anos-luz de diâmetro. Então não atingimos nem um milésimo de nossa galáxia, quanto mais do universo.
- Não estamos ouvindo na frequência correta. Atualmente utilizamos as frequências do espectro eletromagnético correspondente às ondas de rádio. Mas, e se as civilizações extra-terrestres estiverem utilizando o laser para comunicação? Bem, então podemos estar simplesmente deixando de escutar na frequência específica utilizada pelos ETs.
- Pode ser que não estejamos ouvindo na dimensão correta. Como se sabe, cerca de 85% a 95% de tudo que existe não é percebido por nós pois trata-se de matéria ou energia escura. Mas aqui mesmo, nesse exato espaço, podem existir universos que simplesmente não podemos enxergar, medir ou perceber por estarem separados de nós por dimensões desconhecidas e que na teoria existem. E se os ETs forem na verdade seres extradimensionais?
- Por fim, podemos na verdade estar sozinhos no universo. Essa hipótese parece a mais fraca de todas, já que no mínimo “seria um grande desperdício de espaço”, mas pode ser exatamente o que está acontecendo. Pode ser que seres unicelulares ou amebóides sejam relativamente comuns, mas a sequência de fatores que levou ao surgimento da vida inteligente na Terra seja uma série de fatores coincidentes em uma combinação difícil de acontecer. Por isso o título “Terra Rara”, já que podemos realmente estar sozinhos no universo, dada à série de fatores coincidentes que nos levaram ao estágio atual de evolução.