doi.org/10.1016/j.xcrp.2024.102066
Credibilidade: 999
#Robôs
Cientistas desenvolveram um método para anexar pele projetada a robôs, melhorando sua funcionalidade e aparência
Pesquisadores japoneses desenvolveram um método para ligar tecidos de pele projetados a robôs humanóides, melhorando sua mobilidade, habilidades de autocura e capacidades sensoriais.
Essa técnica envolve perfurações especiais que permitem que a pele adira melhor e se mova com as peças mecânicas do robô.
Os avanços podem impactar significativamente a pesquisa médica, os testes cosméticos e o desenvolvimento de robôs mais realistas.
Avanços em sistemas biohíbridos A pesquisa foi liderada pelo professor Shoji Takeuchi, da Universidade de Tóquio, pioneiro no campo da robótica biohíbrida.
Seu laboratório, o Biohybrid Systems Laboratory, criou minirobôs que andam usando tecido muscular biológico, carne cultivada em laboratório impressa em 3D, pele projetada que pode curar e muito mais.
Foi durante a pesquisa sobre o último desses itens que Takeuchi sentiu a necessidade de levar adiante a ideia da pele robótica para melhorar suas propriedades e capacidades.
Durante pesquisas anteriores sobre um robô em forma de dedo coberto com tecido de pele projetado que crescemos em nosso laboratório, senti a necessidade de uma melhor adesão entre as características robóticas e a estrutura subcutânea da pele,- disse Takeuchi.
Ao imitar estruturas ligamentares da pele humana e ao usar perfurações em forma de V especialmente feitas em materiais sólidos, descobrimos uma maneira de ligar a pele a estruturas complexas.
A flexibilidade natural da pele e o forte método de adesão significam que a pele pode se mover com os componentes mecânicos do robô sem rasgar ou descascar.
Técnicas inovadoras de fixação da pele
Os métodos anteriores para fixar o tecido da pele a superfícies sólidas envolviam coisas como mini âncoras ou ganchos, mas estes limitavam os tipos de superfícies que poderiam receber revestimentos de pele e causar danos durante o movimento.
Ao projetar cuidadosamente pequenas perfurações, essencialmente qualquer formato de superfície pode ter pele aplicada a ela.
O truque que a equipe empregou foi usar um gel de colágeno especial para adesão, que é naturalmente viscoso e difícil de alimentar nas minúsculas perfurações.
Mas, usando uma técnica comum de adesão plástica chamada tratamento com plasma, eles conseguiram induzir o colágeno nas estruturas finas das perfurações, ao mesmo tempo que mantinham a pele próxima à superfície em questão.
Implicações e melhorias futuras
Esta pesquisa não foi feita apenas para provar um ponto.
Takeuchi e seu laboratório têm um objetivo em mente para esta aplicação que pode ajudar em diversas áreas da pesquisa médica.
A ideia de um órgão em um chip não é especialmente nova e pode ser usada em coisas como o desenvolvimento de medicamentos, mas algo como um rosto em um chip poderia ser útil em pesquisas sobre envelhecimento da pele, cosméticos, procedimentos cirúrgicos, plásticos, cirurgia e muito mais.
Além disso, se os sensores puderem ser incorporados, os robôs poderão ser dotados de uma melhor consciência ambiental e de melhores capacidades interativas.
Neste estudo, conseguimos replicar a aparência humana até certo ponto, criando um rosto com o mesmo material de superfície e estrutura dos humanos”, disse Takeuchi.
Além disso, através desta pesquisa, identificamos novos desafios, como a necessidade de rugas superficiais e uma epiderme mais espessa para obter uma aparência mais humana.
Acreditamos que a criação de uma pele mais espessa e realista pode ser alcançada através da incorporação de glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas, poros, vasos sanguíneos, gordura e nervos.
É claro que o movimento também é um fator crucial, e não apenas o material, por isso outro desafio importante é criar expressões semelhantes às humanas, integrando atuadores sofisticados, ou músculos, dentro do robô.
Criar robôs que possam se curar, sentir o ambiente com mais precisão e executar tarefas com destreza humana é incrivelmente motivador.-
Publicado em 09/07/2024 22h34
Artigo original:
- https://scitechdaily.com/next-gen-robotics-scientists-develop-skin-that-heals-feels-and-looks-human/
Estudo original: