O primeiro estudo a testar a tecnologia de edição de genes CRISPR dentro do corpo humano está prestes a começar nos Estados Unidos, de acordo com as informações da imprensa.
O estudo planeja usar CRISPR para tratar uma doença ocular hereditária que causa cegueira, de acordo com a Associated Press.
Pessoas com essa condição têm uma mutação em um gene que afeta a função da retina, as células sensíveis à luz na parte de trás do olho que são essenciais para a visão normal. A condição é uma forma de amaurose congênita de Leber, uma das causas mais comuns de cegueira infantil que afeta cerca de 2 a 3 recém-nascidos em cada 100.000, de acordo com o National Institutes of Health.
O tratamento irá corrigir a mutação usando CRISPR, uma ferramenta que permite aos pesquisadores editar precisamente o DNA em um ponto específico, informou a AP.
Os pesquisadores usarão uma injeção para fornecer o tratamento diretamente às células sensíveis à luz, de acordo com uma declaração da Editas Medicine, a empresa que está conduzindo o estudo juntamente com a Allergan.
O ensaio irá inscrever um total de 18 pacientes, tanto crianças (com idades entre 3 e acima) e adultos.
O novo estudo é diferente da pesquisa controversa de um cientista chinês que usou o CRISPR para editar os genomas de bebês gêmeos no ano passado. Nesse caso, o cientista chinês editou o DNA dos embriões, e essas alterações genéticas poderiam ser transmitidas para a próxima geração, informou a AP. No novo estudo, as edições de DNA feitas em crianças e adultos não podem ser passadas para seus filhos, disse a AP.
Publicado em 31/07/2019
Artigo original: https://www.livescience.com/66040-crispr-human-study-blindness.html
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