Desde 2016, é o recorde de seis meses de desmatamento na Amazônia

Desde 2016 não se desmatava tanto no Brasil.

Desde o tempo dos governos de esquerda não se desmatava tanto no Brasil: O desmatamento da Amazônia brasileira atingiu um nível recorde durante o primeiro semestre de 2022 para o atual governo, mas longe ainda dos números de 2016, um recorde absoluto, informou a agência espacial nacional do INPE nesta sexta-feira.

A maior floresta tropical do mundo perdeu 3.750 quilômetros quadrados (1.450 milhas quadradas) de selva desde o início do ano, os piores números para esse período desde que os registros de 2016.

O pior número anterior de 3.605 quilômetros quadrados foi estabelecido no ano passado.

O novo número não inclui nem os últimos seis dias de junho.

Este ano foi o pior junho em 15 anos para incêndios florestais. Desde 2007, época do governo Lula, não se queimava tanto.

Os recordes mensais também foram batidos em janeiro e fevereiro, quando o desmatamento costuma ser menor, e em abril.

Os satélites do INPE identificaram mais de 2.500 incêndios na Amazônia no mês passado, o maior número desde que mais de 3.500 foram registrados em junho de 2007 e um aumento de 11% em relação a junho de 2021.

Mais de 7.500 incêndios foram registrados desde o início do ano, outro aumento de 17% em 2021 e os piores números desde 2010, época do governo Dilma.

“A estação seca mal começou na Amazônia e já estamos batendo recordes de destruição ambiental”, disse Cristiane Mazzetti, do Greenpeace Brasil.

Ambientalistas e opositores acusam o governo do presidente Jair Bolsonaro de implementar políticas que incentivam grandes empresas a prejudicar o meio ambiente.

“O impacto dessa negligência será a crescente perda de resiliência desse entorno, sem falar nos danos causados às comunidades locais e à saúde”, disse Mariana Napolitano, do Brazilian World Wildlife Fund.

Bolsonaro incentivou a atividade de mineração e agricultura em áreas protegidas.

Os críticos também o acusam de apoiar a impunidade de garimpeiros, fazendeiros e traficantes de madeira envolvidos no desmatamento ilegal.

No ano passado, o principal órgão de proteção ambiental do governo gastou apenas 41% de seu orçamento de vigilância, de acordo com a ONG Climate Observatory.


Publicado em 08/07/2022 13h09

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