O primeiro satélite caseiro do Brasil colocará um olho extra na diminuição da floresta amazônica

Veículo lançador de satélites polares da Organização de Pesquisa Espacial Indiana transportando o satélite Amazônia-1 para o Brasil e outros 18 (Crédito da imagem: ISRO)

Um satélite brasileiro de observação da Terra subiu para o espaço a bordo de um foguete indiano na noite de sábado (27 de fevereiro) junto com 18 satélites dos Estados Unidos e da Índia.

O lançamento da Organização de Pesquisa Espacial da Índia (ISRO), que colocou o satélite brasileiro Amazônia-1 em órbita, decolou às 23h54. EST sábado (0454 GMT ou 1024 hora local no domingo) do Centro Espacial Satish Dhawan em Sriharikota, Índia. Um ISRO Polar Satellite Launch Vehicle (PSLV) transportou a Amazônia-1 e 18 satélites menores para o espaço usando uma variante “DL” que possui dois propulsores de encaixe, disse a ISRO em uma descrição da missão.

“O satélite está com ótima saúde”, disse o presidente da ISRO, K. Sivan, após o lançamento. “Os painéis solares foram implantados e está funcionando muito bem.”



O Amazonia-1 é otimizado para observar a região coberta de nuvens de seu homônimo, a floresta amazônica, uma vez que possui recursos de infravermelho que permitem observar a cobertura florestal independentemente do clima. O Brasil planeja usar o satélite para “alerta de desmatamento” na região, disse o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) do Brasil em uma descrição da missão Amazônia 1.

O satélite também é o primeiro satélite do Brasil projetado, construído e operado de forma independente, que as autoridades do país saudaram depois que ele atingiu a órbita.

?Este satélite tem uma missão muito importante para o Brasil?, disse Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, que também é o primeiro astronauta do país (ele voou para a Estação Espacial Internacional em 2006). “Representa uma nova era da indústria brasileira de desenvolvimento de satélites no Brasil.”

O desmatamento é uma preocupação constante não apenas para a flora e fauna únicas da região, que são insubstituíveis uma vez extintas, mas também para os resultados de saúde dos residentes humanos. Em agosto de 2019, a fumaça dos incêndios florestais na Amazônia transformou as horas normais do dia em São Paulo em uma tarde cheia de fumaça e escuridão, em meio a um grande estado de emergência no estado brasileiro do Amazonas.

Os outros 18 satélites incluem uma mistura de embarcações indianas e americanas. Os satélites construídos na Índia incluem Satish Dhawan SAT (que estuda radiação, clima espacial e comunicações), o trio UNITYsat (para transmissão de rádio) e um satélite demonstrador de tecnologia chamado SindhuNetra.

O satélite brasileiro Amazônia-1 é visto durante os preparativos de lançamento de seu Veículo de Lançamento de Satélite Polar pela Organização de Pesquisa Espacial da Índia. (Crédito da imagem: ISRO)

Os americanos incluem outro demonstrador de tecnologia chamado SAI-1 NanoConnect-2 e 12 “SpaceBees ” da Swarm Technologies, parte de uma constelação maior que a empresa está construindo na órbita baixa da Terra.

O lançamento do PSLV foi o primeiro de 2021 e o terceiro vôo da variante PSLV-DL, disse a ISRO em suas estatísticas de missão. O PSLV realizou mais de 53 voos no total, em todas as variantes.


Publicado em 02/03/2021 01h30

Artigo original:

Estudo original: