A nossa Terra Rara, o mais raro dos planetas no Universo, até agora único dentre todos os planetas de todos as estrelas de todas as galáxias conhecidas…
Estudo aponta uma taxa de ataque [anticorpos] de 76% da população de Manaus em Outubro
O SARS-CoV-2 se espalhou rapidamente na Amazônia brasileira e a taxa de ataque há uma estimativa do tamanho final de uma epidemia amplamente não mitigada.
Utilizamos uma amostra de conveniência de doadores de sangue para mostrar que até junho, um mês após o pico epidêmico em Manaus, capital do estado do Amazonas, 44% da população apresentava anticorpos IgG detectáveis.
Corrigindo os casos sem uma resposta detectável de anticorpos e diminuindo os anticorpos, estimamos uma taxa de ataque de 66% em junho, aumentando para 76% em outubro. É maior do que em São Paulo, no sudeste do Brasil, onde a taxa de ataque estimada em outubro é de 29%.
[Taxa de ataque = Nº de casos de uma determinada doença num dado local e período x 100 / População exposta ao risco]
Esses resultados confirmam que, quando mal controlado, o COVID-19 pode infectar uma grande fração da população causando alta mortalidade.
O Brasil experimentou uma das epidemias de COVID-19 de crescimento mais rápido do mundo, sendo a Amazônia a região mais atingida.
Manaus é a capital e maior metrópole da Amazônia, com população de mais de dois milhões e densidade populacional de 158 hab./km2. O primeiro caso de SARS-CoV-2 em Manaus foi confirmado em 13 de março de 2020 e foi seguido por uma epidemia explosiva, com pico no início de maio com mortalidade 4,5 vezes maior.
Isso foi seguido por uma queda sustentada em novos casos, apesar do relaxamento das intervenções não farmacêuticas (INP). A prevalência de anticorpos contra SARS-CoV-2 é uma estimativa da taxa de ataque em Manaus e fornece uma estimativa baseada em dados da extensão da disseminação de COVID-19 na ausência de mitigação efetiva.