Os físicos apenas armazenaram e transportaram a própria luz

IMAGENS VIA PXFUEL

Uma equipe de físicos alemães conseguiu embalar a luz – e desempacotá-la a 1,2 milímetros de distância, sem alterá-la no processo.

É um conceito simples, mas extremamente difícil de realmente aplicar. Para isso, a equipe da Universidade Johannes Gutenberg de Mainz (JGU) teve que resfriar átomos de rubídio-87 até quase o zero absoluto.

“Nós armazenamos a luz colocando-a em uma mala, por assim dizer, só que no nosso caso a mala era feita de uma nuvem de átomos frios?, disse Patrick Windpassinger, professor da JGU, líder de pesquisa, em um comunicado. ?Deslocamos esta mala por uma curta distância e depois apagamos a luz novamente.”

Comunicação Quântica

O experimento pode inaugurar uma nova era na computação quântica, porque em alguns sistemas o armazenamento de dados requer a captura e manipulação de informações quânticas transportadas pela luz.

“Isso é muito interessante não só para a física em geral, mas também para a comunicação quântica, porque a luz não é muito fácil de ‘capturar’, e se você quiser transportá-la para outro lugar de forma controlada, geralmente acaba se perdendo”. ele adicionou.

O experimento também demonstra que a luz teve apenas um “efeito menor na coerência do armazenamento”, como a equipe escreve em um artigo publicado na revista Physical Review Letters.

Light Memory

O feito se baseia em pesquisas anteriores, nas quais a mesma equipe conseguiu transportar átomos frios ao longo de uma “correia transportadora ótica” produzida por dois feixes de lasers.

A equipe espera que sua pesquisa possa um dia levar ao armazenamento de memória baseada em luz – “memórias ópticas de pista de corrida” – em redes de comunicações quânticas.


Publicado em 16/10/2020 10h20

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