Cientistas da Cornell dizem que ‘metais estranhos’ são semelhantes aos buracos negros

IQOQI INNSBRUCK/HARALD RITSCH/VICTOR TANGERMANN

Pela primeira vez, os cientistas estão dizendo que os chamados “metais estranhos” podem ser um novo estado de matéria bizarro.

De acordo com uma nova pesquisa publicada na quarta-feira na revista PNAS por pesquisadores do Instituto Flatiron e Cornell, existem paralelos ímpares entre metais estranhos e buracos negros. Essas semelhanças inesperadas, dizem eles, poderiam ajudá-los a investigar reinos inexplorados da física quântica.

Condições extremas

A resistência elétrica de um metal, ou o quanto isso impede o fluxo de eletricidade, é determinada por vários fatores. Mas, de acordo com a nova pesquisa, se um metal supercondutor – que não impede correntes elétricas – é aquecido além da temperatura na qual ainda pode superconduzir, ele se torna um metal estranho. Nesse ponto, sua resistência é determinada apenas pela temperatura e duas constantes fundamentais – os mesmos três fatores que determinam muitas qualidades de um buraco negro.

“O fato de chamá-los de metais estranhos deve dizer o quanto os entendemos”, disse Olivier Parcollet, do Centro de Física Quântica Computacional do Instituto Flatiron, em comunicado à imprensa. “Metais estranhos compartilham propriedades notáveis com buracos negros, abrindo novas direções interessantes para a física teórica.”

Paralelos ímpares

Várias propriedades dos buracos negros são determinadas pela temperatura e pelas mesmas duas constantes fundamentais, como por quanto tempo uma fusão de um buraco negro emitirá ondas gravitacionais.

“O fato de você encontrar essa mesma escala em todos esses sistemas diferentes”, disse Parollet, “dos metais planckianos aos buracos negros, é fascinante”.


Publicado em 25/07/2020 17h48

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